Muito se
fala em pallets, o material alternativo da moda, mas o papelão (que já foi o
pallet da vez em outros tempos) retorna também agora como uma alternativa sustentável, eco friendly e hipster.
A história
das caixas de papelão no design de mobiliário começou em 1972 com o arquiteto Frank
Owen Gehry, ganhador do Pritzker Prize e criador do Guggenheim de Bilbao.
Gehry, que já usava o
papelão em seus modelos de arquitetura, desenvolveu a técnica de corte que
possibilitou a utilização do material na composição de formas mais sólidas e
resistentes. 
Gehry
chegou a criar uma coleção de móveis, a Easy Edge teve um
sucesso comercial tão grande que ele, temendo que isso atrapalhasse sua
carreira como arquiteto, decidiu por não dar continuidade ao projeto. Sua
segunda coleção só aconteceria 15 anos depois e com peças bem mais
experimentais.
Os móveis
de papelão, apesar de resistentes e leves, não conseguiram no entanto competir
com o plástico que, usado com sucesso desde os anos 50, tinha como vantagens
adicionais o colorido e a durabilidade. Não se falava muito até então sobre “danos
ao meio ambiente”, escassez da matéria prima (o petróleo) e reciclagem ainda
não era uma necessidade global.
No entanto
Gehry fez uma série de seguidores em todo o planeta e através das gerações. No
Brasil, um dos seguidores é o designer mineiro Domingos Tótora que desenvolveu
uma técnica similar ao papier mâché com base em papelão, criando verdadeiras
esculturas utilitárias.
No Reino
Unido a Lazerian Furniture, do designer Liam Hopkins, criou uma linha com 200
peças, toda feita à mão. A poltrona Bravais é hit entre os designers e
fashionistas nas redes sociais. A peça custa 1.700 euros e pode ser comprada
pelo site www.lazerian.co.uk 
Fotos e
Fontes: Design Museum, Inspiration Green e Lazarian Furniture