A Arquitetura Paulistana perde mais um de seus grandes expoentes, o arquiteto e urbanista Carlos Bratke morreu nesta segunda-feira, 09 de janeiro, aos 74 anos, deixando um legado impressionante de prédios comerciais caracterizados por estruturas com grandes pavimentos livres de pilares, o uso elegante de aço e vidro, e as belas formas em concreto.
Entre suas obras mais conhecidas estão o Plaza Centenário (também conhecido como Robocop) e o icônico edifício Bandeirantes, ambos na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini; o Parque do Povo, no Itaim Bibi; e a Igreja São Pedro e São Paulo, no Morumbi.
Filho do brilhante arquiteto Oswaldo Bratke (1907-1997), Carlos iniciou sua carreira nos anos 60, sob a influência da chamada escola paulista de arquitetura, da qual seu pai foi um dos principais nomes e que primava pelo uso expressivo do concreto aparente. Mas não demorou muito a encontrar seu próprio estilo.
Carlos Bratke tornou-se um nome de referência na arquitetura corporativa da cidade de São Paulo. Só na Berrini, um dos importantes centros financeiros da capital, ele assina mais de 60 projetos.
Além de comandar um dos mais requisitados escritórios de arquitetura do país, Bratke presidiu a Fundação Bienal (entre 1999 e 2002) e o Instituto de Arquitetos do Brasil/Departamento de São Paulo (gestão 1992/1993). A ele foi conferida a comenda maior do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), o Colar de Ouro.