Já falei sobre patchwork na decoração algumas vezes e esse tema sempre é interessante. Mesmo quem não gosta muito desse estilo tem alguma memória afetiva vinculada ou reconhece a complexidade desse trabalho quando executado por pessoas que realmente entendem do assunto.
Em tempos de reciclagem e sustentabilidade, o patchwork ganha o mesmo destaque e importância de suas origens no passado, em períodos onde a escassez de tecidos obrigava as artesãs a serem muito criativas.
Hoje em dia pecamos pelo excesso. A descartabilidade de tudo tornou-se um problema tão grande que a ordem do dia é Reaproveitar. A técnica deixou de ser uma exclusividade de mantas e colchas, migrou para o vestuário e subiu nas passarelas de alta costura. O estilista Thom Browne adora e a coleção inverno 2014 da Maison Martin Margiela, por exemplo, foi puro patchwork!
Da moda para a arte, o Patchwork Contemporâneo não se limita mais aos retalhos de tecidos. A criatividade dos designers e artistas plásticos junta fios, fuxicos, pompons e uma infinidade de outros materiais para compor peças que na mistura de cores, padronagens e texturas, têm uma nova proposta estética. Como as obras do também músico Nick Cave.
A técnica tornou-se um conceito e ganha múltiplas interpretações e aplicações. Assim, o patchwork retorna à decoração envolvendo praticamente tudo, da estrutura de cadeiras aos lustres, como mostra o Studio Lugo, da Turquia, em suas mais recentes criações.
Patchwork é luxo!