Criatividade e Inovação são conceitos que andam juntos e podem em um primeiro momento chocar ao mostrar uma maneira não convencional de construção, mas o novo olhar é importantíssimo quando pensamos em construções sustentáveis.

Inovar e permitir novas práticas devem ser uma ruptura com técnicas construtivas convencionais.
Abordando o tema sustentabilidade em meu último texto, deixei várias linhas de pensamento que podem ser objeto de discussão no âmbito pessoal e na escala de cidade.
Projetos que priorizam menor impacto ambiental e soluções para os problemas urbanos e sociais sempre inspiram jovens estudantes no mundo todo e trazem grandes contribuições para a arquitetura.


No ano de 2013 um grupo de 25 jovens suecos da Universidade de Tecnologia Chalmers, apresentou a casa HALO na China Solar Decathlon, em Datong, feira voltada para o segmento de novas tecnologias aplicadas ao uso de energia solar.
Projetada usando o conceito subjacente de espaço compartilhado, a casa HALO oferece espaços com mais qualidade ao invés de quantidade, com espaço interior de 60 m², maximizados na utilização do espaço, permitindo que os habitantes de compartilhem hábitos, conhecimentos e relações.


O nome HALO vem do fenômeno óptico em formato de anel ao redor do sol e traduz-se no conceito da casa em semi-círculo que potencializa a absorção de luz pela área externa e concentra a energia na parte interna. A forma também enfatiza o caráter social da casa como um local de encontro.
A cobertura com painéis de células fotovoltaicas de silicone monocristalino e, mantendo as tradições escandinavas, as paredes e piso são revestidos de madeira de reflorestamento. No interior predomina a cor branca, também no estilo escandinavo, mas coma função extra de refletir e ampliar a luz.
Esta é somente mais uma possibilidade de visualizarmos inúmeras possibilidades de projetar de maneira sustentável.

Casa de Papelão na Holanda

Não devemos esquecer nossas tradições e principalmente nossa história de como moramos e porque adotamos conceitos ao longo da vida, tanto técnicos e construtívos que constituem nossos espaços construídos, mas principalmente devemos enaltecer que conceitos de vida devemos adotar considerando nossas rotinas habitando a cidade e o campo, se é que podemos separar somente assim, para que no futuro, o conceito de qualidade de vida seja possível na escala de todas as cidades.

Eco-House Tubular de Richard Carbonnier, no Canadá

Hoje em dia os espaços compartilhados criam experiências múltiplas e promovem o relacionamento entre pessoas, fundamental em minha opinião.
E quando pensamos em uso compartilhado na escala urbana, o criar e projetar diferente para ser sustentável, torna-se complexo, mas acredito que devemos voltar às origens das cidades para pensar o futuro de nossos espaços privados e principalmente públicos.

Casa Aqua, Brasil, por Mindlin Loeb+Dotto Arquitetura e Inovatech Engenharia

Afinal que espaços de cidade queremos para nossos filhos e futuras gerações que estão por vir, considerando toda a complexidade atual que vemos diariamente por meios de comunicação e nas ruas pelas quais transitamos diariamente.