Inaugurada em maio e aberta até 22 de novembro de 2015, a 56ª edição da Bienal Internacional de Arte de Veneza – ou simplesmente La Biennale – é talvez o evento mais importante do mercado das artes em todo o mundo.

 

 

Este ano o tema “All the World’s Futures” discute a relação entre artistas e a própria arte com a incerteza e conflitos do mundo atual. Dela participam 140 artistas representando 89 países e as exposições e eventos tomam conta de praticamente toda a cidade, com criações em arte, arquitetura, cinema, dança, música e teatro estarão ao alcance do público.

 

 

Entre as muitas obras e artistas em destaque nesta Biennale está o berlinense Chiharu Shiota, que criou uma instalação com fios vermelhos esticados e finalizados por um pendente que são pesadas chaves antigas. Sob esse tempestuoso céu vermelho com chaves flutuantes dois barcos parecem pescar as memórias que cada chave representa.
O holandês Studio Drift participa da exposição coletiva GLASSTRESS 2015 Gotika, apresentando Obsidian uma luminosa instalação em vidro, na Fundação Berengo de Arte Contemporânea e Vidro, em Murano.
Do Irã, a pintora Samira Alikhanzadeh exibe sua série de retratos familiares, repletos de elementos enigmáticos dentro da exposição chamada O Grande Jogo, junto com muitos outros artistas iranianos contemporâneos.

 

A fachada de pneus usados ​​no Pavilhão de Israel, integra a exposição “Arqueologia do Presente” do artista Tsibi Geva. No interior, Geva mostra suas pinturas e instalações escultóricas de objetos refletindo sobre a idéia de casa.

 

 

Já “O Pavilhão Verde”, por Irina Nakhova e com curadoria de Margarita Tupitsyn, representa a Russia. Todos os ambientes deste pavilhão são pintados com cores fortes e no piso principal um grande capacete do piloto, com equipamento de respiração e óculos de proteção, tem o rosto de Nakhova projetada por dentro e representa a impotência do artista dentro de um ambiente hostil.

 

 

O Pavilhão do Brasil, que desde 1964 ocupa o Giardini, o espaço mais prestigiado da Bienal, traz a exposição chamada “É tanta coisa que nem cabe aqui”, com trabalhos dos artistas Antônio Manuel, Berna Reale e André Komatsu.
Já a artista plástica brasileira, Adriana Barreto, foi escolhida para integrar o Pavilhão da América Latina com o projeto “Vozes Indígenas”, uma iniciativa genial que reuniu 15 países do continente.
Adriana apresenta a obra “O Papagaio de Humboldt”, inspirada na passagem do explorador e naturalista alemão Alexander von Humboldt pela América Latina, entre 1799 e 1804. O trabalho é sobre as vozes [idiomas] que estão ameaçadas de extinção.