Durante milênios, provavelmente desde os tempos das cavernas, decoração e cuidados com a casa têm sido tarefas exclusivamente femininas. Por comodismo, praticidade e preguiça, através dos tempos os homens fizeram vistas grossas aos lacinhos, toalhinhas e tons de rosa, evitando discussões de relacionamento e noites no sofá.

No entanto, nas últimas décadas, vem crescendo vertiginosamente o número de homens que moram sozinhos. São eles solteirões convictos ou temporários, divorciados ou encalhados, jovens ou idosos.
Segundo o IBOPE, no censo realizado em 2010, eles já representavam 3,131 milhões das residências no Brasil. E os especialistas o setor imobiliário acreditam que hoje eles somam mais 6 milhões.
E se você imagina essas casas sem mulheres como um universo caótico, com meias penduradas no lustre, calendário da Pirelli na parede, caixa de pizza embaixo da cama e latas de cerveja espalhadas por todos os lados, você precisa rever seus conceitos.
O conceito masculino de morar/viver certamente prima pela praticidade e tem grandes doses de lúdico. Os homens gostam de expor sua personalidade, seus hobbies e gostos, ter tudo à mão e ver a casa preparada para receber amigos, a pessoa amada e até para trabalhar.
Nesse contexto, não raramente os homens trocam as tradicionais mesas de jantar por balcões e ilhas bem próximo à cozinha, abrindo espaço para estações de trabalho, uma home theater ou até mesmo mesa de bilhar. 
A grande diferença é que, embora esperem um resultado estético bacana, o homem não decora para os outros e não se preocupa em seguir tendências, o que às vezes se torna um grande desafio para os designers de interiores e exige conhecer a fundo os hábitos, gostos e expectativas de cada cliente.
Fotos: Loft Casa Cor Rio 2012 por Luiz Fernando Grabowsky do Studio Grabowsky, Loft australiano do artista Peter Ang e The Black Box do designer de interiores Dall’Agnol R. Junior.


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