Como será Londres em 2.100? Como as mudanças climáticas afetarão a vida e a paisagem em uma das cidades mais icônicas do mundo? 
Vários artistas se lançaram na tarefa de ilustrar previsões a partir dos próximos 15 anos traçando um panorama pouco otimista, levando em consideração o crescimento da cidade, construções já previstas e as mudanças climáticas no planeta.  
Vistas a partir do topo do edifício The Shard essas paisagens fazem parte do projeto The View From The Shard e foram apresentados ao público durante uma pesquisa que revelou que para 30% dos britânicos a capital será irreconhecível até 2030.
As previsões não se limitam apenas à paisagem, pontos como o fim do dinheiro de papel, redes wi-fi em toda parte e o desaparecimento da monarquia também apareceram nos resultados. Mas os impactos das mudanças climáticas certamente é uma das maiores preocupações, apesar da divergência de opiniões.
Inundada, desértica, miserável ou até mesmo em versões extremamente futuristas como um cenário de Blade Runner, Londres aparece bem menos romântica e até mesmo abiótica, com arranha-céus espremidos uns contra os outros, excesso de carros e nenhum sinal de natureza.
O projeto foi criado pela empresa GMJ Design e leva em conta a aplicação de planejamento aprovado em bairros de toda a capital inglesa, incluindo mais de 100 novos pontos de interesse para a especulação imobiliária.
80% dos entrevistados se disseram particularmente preocupados com o fim das áreas verdes e 60% se mostraram favoráveis à diminuição do número de carros nas ruas, sejam eles convencionais ou voadores como imaginaram alguns artistas.
Londres, assim como todas as grandes cidades do mundo, está em constante mutação. A diferença é que nas próximas décadas essas mudanças serão aceleradas devido aos avanços tecnológicos e interesses do mercado. E há ainda as polêmicas questões sobre como enfrentar as catástrofes decorrentes do impacto sobre o meio ambiente.
O que a GMJ quer saber com o The View From The Shard é saber como os ingleses, mais especificamente os londrinos, querem essas mudanças.